Câncer colorretal: o que é, sintomas e fatores de risco
25/02/2021
Atualizado em 20/06/2025
O câncer colorretal é um dos mais prevalentes no Brasil. Conheça detalhes sobre a doença neste artigo especial do Viver Bem.
5 min de leitura

O câncer colorretal é o terceiro tipo de câncer mais frequente do Brasil, sem considerar os tumores de pele não melanoma. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa é de 45.630 casos por ano no país no triênio de 2023 a 2025.
Esses números representam um risco estimado de quase 21 casos a cada 100 mil homens brasileiros, sendo 21.970 casos entre os homens e 23.660 casos entre as mulheres.
Neste artigo do Viver Bem, você vai saber mais sobre a condição, como ela se desenvolve, quais são os sintomas, como é feito o diagnóstico, os tratamentos e formas de prevenção.
O que é câncer colorretal?
Trata-se de um tumor maligno que abrange o cólon e o reto, as partes finais do trato gastrointestinal.
Na maioria dos casos, pode ser tratado e até mesmo curado, principalmente quando diagnosticado precocemente.
Como se desenvolve?
Na maioria dos casos, esse tipo de câncer se desenvolve a partir de pólipos intestinais, lesões benignas que se instalam e crescem na parede interna do cólon e do reto.
Pacientes com diagnóstico de pólipos intestinais devem fazer acompanhamento médico rotineiro. O objetivo principal do acompanhamento é a retiradas dos pólipos intestinais, pois estes podem se transformar em lesões malignas.
Quais são os sintomas de câncer colorretal?
A presença de pólipos no intestino grosso não é, necessariamente, um dos sintomas do câncer colorretal, mas é um fator de risco que deve acender as luzes do cuidado preventivo.
Na maior parte das vezes, a doença não apresenta sinais no primeiro momento. Por isso, um médico especialista deve ser consultado com urgência caso a presença de algum dos sintomas a seguir seja identificada:
- Dor e sangramento anal;
- Perda de sangue nas fezes;
- Dor e cólica abdominal;
- Mudanças no hábito intestinal, podendo ser diarreia ou prisão de ventre, alternados;
- Esforço para evacuar e sensação de que o intestino não se esvaziou após a evacuação;
- Vômitos ou náuseas constantes;
- Massa abdominal;
- Emagrecimento rápido e não intencional.
Pessoas com mais de 50 anos de idade também devem ter atenção especial para anemias de origem indeterminada e perda crônica de sangue. A presença desses sintomas, entretanto, não é a confirmação do diagnóstico do câncer colorretal. Por isso, não faça o autodiagnóstico.
Como é feito o diagnóstico?
Para se fazer o diagnóstico do câncer no reto, um médico especializado deve ser consultado. Ele está apto a solicitar, a partir de qualquer sintoma relatado, uma avaliação minuciosa e a realização de exames específicos para a detecção de pólipos intestinais ou de tumores malignos.
Os exames de rastreamento, como o de sangue oculto nas fezes, podem ser feitos em pessoas entre 50 e 75 anos de idade, de forma anual, mesmo sem a presença dos sintomas. Não se esqueça da importância de estar com a saúde em dia e em acompanhamento com o médico de confiança.
Atenção: não faça o autodiagnóstico nem realize exames sem prescrição médica. Procure sempre a orientação de um especialista.
Fatores de risco para o câncer colorretal
Conhecer os fatores de risco para o câncer colorretal é fundamental para ações de prevenção à doença, além de auxiliar em um eventual diagnóstico.
Alguns deles são modificáveis e, com mudanças simples de rotina, podem ser evitados, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e menores chances de diagnóstico da condição.
Conheça os fatores de risco:
Sedentarismo
Não é segredo para ninguém que a prática de exercícios é fundamental para a manutenção de um corpo saudável. Mas manter uma rotina funcional ajuda também a proteger o organismo contra o câncer colorretal.
Pessoas sedentárias têm maior chance de desenvolvimento desse câncer,, enquanto homens e mulheres que praticam atividades físicas no dia a dia diminuem a probabilidade de ter câncer de reto em até 25%.
Pode ser uma caminhada ao ar livre, hidroginástica ou qualquer atividade de baixo impacto — o que importa é movimentar o corpo. Pessoas obesas ou acima do peso indicado também têm mais chances de desenvolver a doença.
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Hábitos alimentares
Uma alimentação balanceada é outra peça-chave para driblar o câncer colorretal. A ingestão correta de água e fibras, existentes nos cereais e vegetais — como brócolis, couve e espinafre — acelera o trânsito intestinal e agride menos as células da mucosa do intestino, o que contribui positivamente para a prevenção.
Por outro lado, excesso de carne vermelha e dietas ricas em alimentos ultraprocessados têm efeito contrário e podem aumentar as chances do desenvolvimento da doença.
Tabagismo e consumo excessivo de álcool
Não é apenas o câncer de pulmão e câncer de boca que encontram como vilão o tabagismo. O surgimento de casos de câncer colorretal também pode ser relacionado ao ato de fumar e ao consumo de álcool.
Limitar o consumo de álcool pode ter muitos benefícios para a saúde, incluindo um menor risco de desenvolver esse tipo de câncer. Aproveite e acesse as dicas que a Unimed-BH preparou para te ajudar a se livrar do vício em tabaco e álcool:
- Cessação do tabagismo: 8 dicas para parar de fumar
- Alcoolismo: como identificá-lo e recomendações de tratamento
Idade
O surgimento de casos desse tipo de câncer não está limitado a pessoas mais velhas, mas pode aumentar de acordo com a idade. Homens e mulheres com mais de 50 anos devem redobrar os cuidados e as medidas de prevenção.
Histórico pessoal
O histórico de pólipos adenomatosos ou doenças inflamatórias intestinais, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn, são fatores de risco para o diagnóstico da doença.
No caso dos pólipos adenomatosos, o risco se agrava quando eles são volumosos ou em grande quantidade. Pessoas já diagnosticadas e curadas do câncer colorretal também estão mais propensas a desenvolvê-lo novamente.
A síndrome do intestino irritável não tem relação com doenças inflamatórias intestinais, por isso, não se enquadra como fator de risco.
Histórico familiar
A hereditariedade é um fator complicador para qualquer tipo de câncer, inclusive o colorretal. Pessoas cujos parentes de primeiro grau (pais, irmãos ou filhos) foram diagnosticados com pólipos adenomatosos ou com a doença têm mais riscos de desenvolvê-la, por isso, precisam de acompanhamento médico de rotina.
Síndromes hereditárias
A síndrome de Lynch (câncer no reto hereditário sem polipose) e a polipose adenomatosa familiar (PAF) são as duas síndromes hereditárias mais comuns de serem associadas ao câncer colorretal.
Além delas, a síndrome de Peutz-Jeghers e a polipose MUTYH também estão, em menor escala, entre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença.
Exames de rastreamento para diagnóstico precoce
O rastreamento da doença é uma medida preventiva recomendada principalmente para pacientes com algum dos fatores de risco associados ao desenvolvimento da doença, e de forma rotineira para todos aqueles partir de 50 anos.
Os métodos de rastreamento disponíveis atualmente para detecção do câncer colorretal são o sangue oculto nas fezes, feito anualmente, e a colonoscopia, que na população geral, sem fatores de risco e sem lesões intestinais previas é feito a cada 10 anos.
A partir do rastreamento, é possível detectar a presença de pólipos e do câncer em estágio inicial.
Dia Mundial de Luta contra o Câncer
A conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico de todos os tipos de câncer é fundamental. Por isso, foi criado o Dia Mundial do Câncer, que é uma iniciativa global da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC).
Apoiada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data é celebrada todos os anos no dia 4 de fevereiro, com o propósito de conscientizar a população e influenciar os governos para que tomem iniciativas para controlar a doença.
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Trata-se de um e-book totalmente gratuito, em que você vai ter outras informações sobre o câncer no reto e entender melhor as formas de prevenção e a importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura.
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